Metrô assina contrato para retomada de obras do monotrilho da linha 17
Pilares do monotrilho. Trens com pneus deveria estar circulando desde 2014.
Justiça havia impedido contrato após ação de concorrente em licitação
A empresa de Metrô informou que assinou nesta segunda-feira, 13 de janeiro de 2020, contrato para a retomada das obras civis da linha 17-Ouro de monotrilho, um sistema de trens leves com pneus que trafegam em elevados de concreto.
No final do ano passado, como mostrou o Diário do Transporte, o desembargador José Orestes de Souza Nery, por meio de uma liminar, impediu o reinício das obras ao atender a construtora Coesa Engenharia que havia entrado com um mandado de segurança na Justiça para tentar impedir a Constran, vencedora da licitação a assumir os trabalhos.
Relembre:
Por meio de uma nota em seu portal, a empresa do Metropolitano não informou a previsão de conclusão das obras e disse apenas que vai discutir com a Constran o cronograma.
O Metrô diz que o monotrilho já está com 86% das vias em “execução” e, além de concluir o trajeto, a Constran vai assumir o acabamento do Pátio Água Espraiada e das estações Aeroporto de Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan.
A Constran ofereceu na licitação proposta de R$ 494,8 milhões.
O monotrilho já soma quase seis anos de atraso, devendo já estar funcionando desde 2014, para a Copa do Mundo.
A empresa de Metrô disse nesta nota que rescindiu contrato com o Consórcio Monotrilho Integração (CMI) por atrasos nas obras e aplicou multa de R$ 88 milhões.
A outra parte da responsabilidade do CMI, que é fabricação e fornecimento dos trens leves e sistemas de sinalização, estão em fase final de licitação, segundo esta nota.
*Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes